Biodisponibilidade de metais no sedimento de um reservatório tropical urbano (reservatório Guarapiranga – São Paulo (SP), Brasil): há toxicidade potencial e heterogeneidade espacial?

Authors

  • Marcelo Pompêo
  • Paula Regina Padial
  • Carolina Fiorillo Mariani
  • Sheila Cardoso-Silva
  • Viviane Moschini-Carlos
  • Daniel Clemente Vieira Rêgo Da Silva
  • Teresa Cristina Brazil de Paiva
  • Ana Lúcia Brandimarte

Abstract

Os sedimentos têm grande importância na avaliação da contaminação epoluição dos ecossistemas aquáticos. Para avaliar a qualidade dos sedimentosda represa Guarapiranga aplicaram-se diferentes linhas de evidência:1) Valores-Guia de Qualidade do Sedimento (VGQS) baseados na teoriado Equilíbrio e Partição; 2) VGQS empíricos (TEL-Threshold Effect Level;PEL-Probable Effect Level); 3) Valores de Referência Regionais (VRR) e4) testes ecotoxicológicos (agudo/crônico) em água e sedimento. A relaçãoΣ([MES]–[SVA])/fCOT (MES: metais extraídos simultaneamente; SVA: sulfetosvolatilizáveis por acidificação; fCOT: fração carbono orgânico total) indicoutoxicidade incerta nos pontos localizados à jusante na represa. Concentraçõesde SVA, matéria orgânica e frações silte/argila mostraram-se como potenciaisfases complexadoras dos metais. Segundo VGQS empírico, a maioria dospontos apresentou valor acima do intervalo com possíveis efeitos adversosà biota (PEL), em relação aos metais Cd, Cu, e Ni, e concentrações acimado VRR para Cd (9,7±7,2 mg/kg-1), Cu (1157,2±1125,6 mg/kg-1), Ni(38,3±28,4 mg/kg-1) e Zn (223,7±118,3 mg/kg-1). O reservatório foi divididoem dois compartimentos, que diferiram, de acordo com a PCA, quanto aosteores de Cd, Cu e profundidade, sendo que o compartimento com as maioresconcentrações de metais englobou a captação de água para abastecimentopúblico. Nos testes ecotoxicológicos, o sedimento apresentou maior potencialtóxico do que o observado em água, entretanto, esse maior potencial tóxiconão pode ser atribuído apenas aos elevados teores de metais. Os resultadosreforçam a necessidade do monitoramento da qualidade do sedimento e água,principalmente no que diz respeito à contaminação por Cu e Cd.Palavras-chave: reservatório Guarapiranga, sedimento, metais, biodisponibilidade,heterogeneidade espacial.

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Author Biographies

Paula Regina Padial

Serviço Municipal de Saneamento Ambiental deSanto André (SEMASA) – Santo André (SP), Brasil.

Carolina Fiorillo Mariani

Programa de Pós-graduação em Ecologia doIB da USP – São Paulo (SP), Brasil.

Sheila Cardoso-Silva

Programa de Pós-graduação em Ecologia doIB da USP – São Paulo (SP), Brasil.

Viviane Moschini-Carlos

Universidade Estadual Paulista “Júlio de MesquitaFilho” (UNESP) – Sorocaba (SP), Brasil.

Daniel Clemente Vieira Rêgo Da Silva

Programa de Pós-graduação em Ecologia doIB da USP – São Paulo (SP), Brasil.

Teresa Cristina Brazil de Paiva

USP – Lorena (SP), Brasil.

Ana Lúcia Brandimarte

Departamento de Ecologia do Instituto deBiociências (IB) da Universidade de São Paulo(USP) – São Paulo (SP), Brasil.

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Published

2013-12-18

How to Cite

Pompêo, M., Padial, P. R., Mariani, C. F., Cardoso-Silva, S., Moschini-Carlos, V., Silva, D. C. V. R. D., Paiva, T. C. B. de, & Brandimarte, A. L. (2013). Biodisponibilidade de metais no sedimento de um reservatório tropical urbano (reservatório Guarapiranga – São Paulo (SP), Brasil): há toxicidade potencial e heterogeneidade espacial?. Geochimica Brasiliensis, 27(2), 104. Retrieved from https://geobrasiliensis.org.br/geobrasiliensis/article/view/364

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